Carta
Essa é para todos que chamo de vida.
Não queria te abandonar, mas meu coração agora tá em outro lugar.
E minha mente já não consegue lhes acompanhar, e cansei de todas as questões que tenho que
administrar.
Minha fala é completamente egoísta, eu sei mas já não posso mudar, essa minha carta aberta de qualquer forma não vai passar o que digo de forma
certa.
Pode me chamar de cuzão e querer me queimar, mas o fogo aqui dentro já passou do nível que posso aguentar.
E logo depois tudo ficou tão frio, aquele calafrio de quem acabou sozinho.
Na medida que começa a congelar nós paramos de nos importar, só querendo me fechar.
Bloqueou estradas de quem só queria se aproximar.
Saca? Mas o tempo passou, o inverno acabou mas meu inferno pessoal só começou, podia voltar pro estado neutro mas já se foi o tempo, e já não tem
mais jeito.
As queimaduras voltaram a arder, uma ardência tão forte que não parava de doer.
Mas o sangue no meu coração está fresco e bombeando, refrescando, e de mim parece jorrar um oceano.
Eu sinto muito e agora sinto tudo, voltei a ver e notar que sentimento é muito bom de ter, então porque mesmo tentando fazer tudo certo continuo a sofrer.
Mais uma vez peço perdão não era a intenção, me tornar também uma ferida no seu coração, posso
virar uma cicatriz ou só da sua memória sumir assim vc iria sorrir, e já não mais ia lembrar de mim…
Queria deixar em você uma boa marca, mas para onde tudo anda serei outra mágoa em sua alma,
prefiro que me esqueça ao invés de ser lembrado com raiva ou em suas faces trazer lágrimas…
Devagar vou me sair pra vc me esquecer, devagar você nem vai perceber, depois de um tempo até
pode notícias de mim receber mas seria menos impactante do que se estivesse com você.
No fim virarei só um questionamento com a
pergunta.
"Que merda foi essa moleque foi fazer?".
Idiota né pode crer, coisas que nem eu consigo entender, só com a pergunta do por que ele tinha
que logo assim morrer.
Autor: Akuma
Digitalização: Clio Company
Artista visual: Naka
Apoio: Sarau do boa